Numa noite de Natal, um velho homem passeava pelas ruas cheias de neve do Polo Norte. Triste e sozinho, mas bondoso, com umas velhas barbas brancas, era bem cheio e cheio de amor. No seu coração, havia espaço para todos. Mas será que havia espaço para ele?
Cansado, sujo, andava e andava a ver se lhe caía destino do céu, quando viu uma linda sombra, uma sombra espetacular! Tinha um chapéu vermelho com uma bolinha na ponta, um cabelo lindo e cheiro de almas bondosas. Era a Mãe Natal, que o acolheu com muito carinho.
Ela fez-lhe um teste e viu que era a pessoa perfeita para ser o Pai Natal!
– Finalmente! Finalmente! – disse a Mãe Natal, com entusiasmo.
– O que foi? – perguntou o velho.
– Tu és perfeito para ser o Pai Natal. Todos estes anos, andei a entregar presentes sozinha. Talvez me possas ajudar…
– Claro! Estou há tanto tempo a tentar fazer alguma coisa da vida… Continuando, sim, eu posso ajudar-te! – aceitou o velho.
– Ok! Mas primeiro precisas de uma transformação.
E, assim, lá foi a Mãe Natal transformar um velho num belo Pai Natal.
Depois de algum tempo…
– Estás pronto! – exclamou a Mãe Natal. – Agora, toca a treinar! Temos muito pela frente.
O Pai Natal treinou muito. Treinou tanto que, mesmo no Polo Norte, ficou com calor.
Era a noite de Natal de 1177. Quando chegou a hora de entregar os presentes, o Pai Natal atrapalhou-se um pouco com as renas, batendo com o nariz do Rodolfo numa parede, que ficou vermelho para sempre!
Entrou pelas chaminés com um bocado de dificuldade; todavia, conseguiu entrar em todas! Comeu as bolachas e bebeu todo o leite, meteu os presentes debaixo das árvores e deixou doces nas meias.
No final de tudo, vemos que a bondade é o caminho para a verdadeira vida!